terça-feira, 19 de julho de 2011

O Último olhar...

Lembro-me de quando entrei pela última vez e te vi
Senti pânico e de novo para a entrada, agora saída, corri.

Recordo-me das palavras que não disseste mas que saíram escritas
Essas mesmas palavras que me roeram por dentro de que só voltas em Setembro!
Tentei passar a noite inteira "longe" de ti, ignorando-te...
Mas o coração lançava-me o olhar na direcção dos teus olhos.
O ciúme invadia-me o corpo e inteligente foi a maneira de lidar com tal sentimento
Senti-me superior, senti-me grande, senti que era inatingível!
Vi o teu abraço a alguém que não era eu e voltei à realidade
Essa realidade que me diz que sou humano, que sinto, que dói.
O teu rosto não sorria... Já não era o mesmo das outras vezes, não tinha brilho nem encanto
Acenaste-me com a cabeça como de um "olá" gestual se tratasse.
Controlei a distância embora o meu corpo quisesse e tivesse "fome" do teu...
Bebi e fiquei "alegre"...
Tirei-te do pensamento temporariamente e sorri, dancei e fui feliz.
De regresso a casa pensei onde teria errado, mas não encontrei respostas à insistente pergunta!
A memória fazia um rewind da tua frase - "tentei mas não dá, desisto!" - sigo pensando...
Eu sim, tentei! Mas não deu...
Sou especial? Sim, é verdade. Mas isso chega?
Resposta à pergunta... NÃO!

O que faltou?
Alguém que não amou!

Filipe Tiago Araújo, 1:50h de 19.7.2011

domingo, 3 de julho de 2011

A magia de uma rena!


Julguei não escrever tão cedo!
Janeiro já vai longe, eu sei... O assunto é o mesmo de sempre. Fico cansado de gostar de alguém!
Voltei a sentir aquele gostinho de gostar de alguém. O erro também é o mesmo de sempre, entrego-me, sou correspondido, mas a dúvida da incerteza paira no ar. Naquilo que estava a desenvolver...
Quando mais me esforço para não voltar a cair em erros do passado, o erro cai sobre mim e deixa-me novamente solto, livre, ainda que eu não queira essa liberdade que me é forçada.
Poderíamos estar muito bem perto do Natal e eu a escrever um conto ou um poema sobre a rena mais famosa do mundo, para quem não sabe, o Rodolfo... mas não! Estamos no verão e poderia ser muito bem mais uma paixoneta de verão... mas não!... não é.
Está confusa a leitura? Acredito que sim, embora a mensagem que está a ser passada seja de fácil compreensão para aqueles que sabem onde quero chegar.
Podia muito bem escrever aqui que o meu Natal chegou em Maio e que o maior presente que me trouxe foi algo que eu pensei que só existia em contos, uma rena!
Posso agora juntar o amor pela quadra natalícia com as paixonetas que surgem no verão e escrever uma história bonita. Ups! Bonita não pode ser, não tem final feliz.
Durante algum tempo voei de rena pelo caminho da felicidade, mas a viagem foi curta! Voei de tal maneira, que cheguei a tocar o céu... as estrelas! E o mal foi esse mesmo... ter voado muito alto. Caí a pique.
Provavelmente, coloquei o trenó à frente da rena. Ou seja, fui rápido demais.
A descida foi vertiginosa. E lá me desmoronei, quando sempre pensei que já não era possível bater mais no fundo!
A magia do Natal, foi-se. Esse Natal primaveril que me trouxe à memória recordações do passado e esperança para o futuro.
Esse natal de primavera que mesmo fora de tempo me gelou de novo o coração e me faz acreditar que tal como o pai natal, o amor é apenas uma invenção da mente humana. Fez-me acreditar que existia um Rodolfo quando na verdade o que existe é um ser-humano... mais um! Como todos os outros... especial para mim, mas igual aos outros.

Filipe Tiago Araújo, 19:48 de 3.07.11