quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Despertar da vida...

Acordei com um sentimento esquisito... Sinto que, desde aquela sexta-feira, tu e eu já não somos esses mesmos "tu e eu".
Talvez com a desilusão daquilo que os meus olhos assistiram, tenha caído o sentimento que agora se vai arrastando pelo chão. Fica o carinho especial de quem gostou e foi gostando. Mas realmente agora deu aquele clic! Por fim deixo-te como sempre quiseste e gostas de estar... livre e com autonomia.
Daqui para a frente será tudo perfeitamente normal, sendo tu especial à tua maneira mas sem tratamentos de excepção. Terás os que os mais próximos têm de mim, amizade e a atenção necessária... sempre por igual.
A magia acabou precisamente na próximidade da data mágica, o Natal. Numa altura em que deveria andar eu mais vulnerável, mais frágil e com os sentimentos num turbilhão... o velho de barbas brancas deu-me este presente antecipado, o de seguir com a minha vida sem que haja qualquer intermitência que seja.
Hoje estou completamente feliz porque te consegui tirar da minha cabeça e também do meu coração. Consegui fazer com que ele, o coração, deixe de acelerar a cada vez que te aproximas de mim. Agora bate ao ritmo normal... ao ritmo da amizade.
Ficamo-nos por aqui, por onde sempre quiseste ficar... pela amizade. Quem sabe não será o mais correcto?! Esperemos para ver.
Naquela sexta-feira, que mais parecia dia 13 pelo azar que tive de presenciar a traição de um amigo e o cair do pano da tua moral, regressei a casa vazio e a perguntar-me o porquê daquilo?
Mas passadas estas duas semanas o tempo deu-me a resposta... foi apenas e só um empurrãozinho para aquilo que já devia ter esquecido desde Junho. Contudo sempre continuei cego e a querer-te cada vez mais, talvez até por me teres negado a ti.
Hoje, sinto que tudo isso me serviu para crescer ainda mais. Aprendi com alguns erros e aprendi também muito bem a lição para que não se volte a repetir... quando não existe feedback, parte-se para a frente com a vida porque esta mesma são dois dias e o carnaval são três!
As minhas pernas agora já não vão tremer ao ver-te... O meu coração não vai disparar, nem os meus olhos irão brilhar com a mesma intensidade de outros tempos. O abraço será na mesma caloroso mas desnudo do sentimento que outrora trazia.
Contudo, ainda assim, espero ver-te sempre feliz e a fazeres, sempre, aquilo que mais gostas...
Agora poderás dizer a outros, futuramente, que já tiveste quem te amasse muito e da maneira mais louca e intensa, mas que também nunca percebeste nem soubeste lidar com essa forma de amar. Podes dizer que te sentiste uma pessoa amada mas que nunca soubeste retribuir... poderás dizer, inclusivé, que mais ninguém te saberá amar como eu te amei, com toda a certeza.
Finalmente consigo andar de sorriso rasgado novamente... Foram-se, com o amor, outros pensamentos de incertezas que me invadiam a alma. Agora, com pouco ou nada tenho que me preocupar.
Por último... Obrigado por teres aturado os meus disparates durante todo este tempo. =)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Palavras soltas...

Hoje, precisamente hoje, o passado regressou...
Eu vi-te e não disse nada!
Não te disse nada porque vi-te nos meus sonhos, lugar onde tudo é perfeito.

Se alguma vez me perguntares o porquê, não te saberei dizer a razão... Eu não o sei, por isso tudo e muito mais, perdoa-me.
Se alguma vez falarem mal do meu amor por ti, eu prenderei o teu coração... tu não entenderás, por tudo isso e muito mais, perdoa-me.
Nem uma palavra mais, nem uma só caricia haverá... isto acaba-se aqui, não há maneira nem forma de dizer que sim.
Se alguma vez acreditaste que por ti e por tua culpa me afastei, não foste tu... por tudo isso e muito mais, perdoa-me.
Se alguma vez te fiz sorrir, acreditaste pouco a pouco em mim, fui eu talvez... por tudo isso e muito mais, perdoa-me.
Sinto muito deixar-te assim, sem dizer-te adeus... perdoa-me!
Tantas promessas que se apagam hoje e nem sabemos o porquê... tantos casais que se amam hoje às escuras e na fantasia.
Tantos amores se reencontram hoje, nas canções e nas poesias.
Eu queria parar o tempo, com os teus olhos a fitarem-me... com a vontade de ficar aqui a abraçar-te.
Eu queria ter-te só para mim e que fosses para sempre meu... eu queria, sim queria!
Tantos momentos que recordo hoje... teu cheiro, teu riso e tua alegria. As coisas passam e assim é o amor... mas não o entendo nem o aceito, não!
Tantos casais que se amam hoje... e eu, esta noite, sem o teu amor.
É preciso dizer que não quando não existe outra saída para evitar essa dor, para evitar o rancor desse amor que hoje termina...
E estou a pedir a Deus que um bom amor te dê o seu abrigo... e estou a procurar valorizar este adeus. Eu não te esqueço!
E assim, fico sem ti... quero morrer por dentro.
Que será de mim? ... viver meu sofrimento! Alguma vez vais saber o quanto te amei quando me vires chorar por ti.
Com a noite como testemunha, conheci um novo sentimento... aprendi a respeitar a solidão.
Porque apenas te vi e com a alma te falei, me disse isso o silêncio... não existem palavras quando fala o coração.
Valeu a pena conhecer-te... valeu a pena apaixonar-me... Deixar esta cinzenta monotonia por este sem viver constante... deixar a paz em que vivia, por este inferno delirante!
Que triste foi, quando dissémos "adeus!"... E logo quando nos adorávamos mais.
Não sei se volto a ver-te mais tarde.... não sei o que será da minha vida...
Hoje quero saborear a minha dor... não peço compaixão nem piedade... a história deste amor escreveu-se para a eternidade!
Que triste, todos dizem que sou... que estou sempre a falar de ti... não sabem que pensando no teu amor isso me ajuda a viver.

(são várias frases retiradas de canções, que expressam o meu sentimento... desculpem pela falta de originalidade, mas hoje não me senti capaz!)






sábado, 29 de outubro de 2011

Bibó Porto, carago!

Porto de abrigo...
Porto de orgulho...
Porto Sentido!

Aqueles que mais invejam a tua beleza chamam-te de "cinzenta". São capitalistas, apreciam a modernidade de um arranha-céus, de prédios "rochosos".
Esquecem-se do escuro que isso provoca e ainda têm coragem de te chamar cinzenta?!
Esses mal dizentes esquecem-se do passado e das suas maravilhosas conquistas e histórias. Apenas o povo que te habita é que te reconhece cor! ... Desde o azul e branco, símbolo maior da cidade e que passeia o teu nome além fronteiras, passando pelo tinto do teu vinho com fama reconhecida internacionalmente, acabando no arco-íris de imagens que as casas da Ribeira te proporcionam.
Pelas ruelas e calçadas de Rui Veloso e Carlos Tê, a cidade é poesia aos olhos de quem a vê.
Poesia essa de Agustina Bessa Luis, orgulhosa do seu Porto, escrevendo ao som de Rui Reininho essa tal "Pronúncia do Norte".
Porto de Descobrimentos, tendo ao leme do seu "navio" esse grande homem dos mares, o Infante D. Henrique.
Porto de Passos... não de Coelho mas sim de Concelho. Imponente o edifício da câmara municipal, símbolo da cidade e da sua história. Situada na baixa, já assistiu a muitos acontecimentos... Revoluções de Abril, a festas de S. João, ao renovar sucessivo dos anos, festejos de campeões e ao olhar mais envolvido do turista longínquo.
O Porto é quem leva os fantasmas de Pedro Abrunhosa... é o sítio ideal para rir com uma piada de Óscar Branco.
Esta cidade é vista por um Porto Canal e ouvi-la é um(a) Festival.
No lusco-fusco torna-se mística, envolvente, já dela única e misteriosa. Sem dúvida, especial.
Os seus gostos variam... entre a bela feijoada com tripas à moda do Porto e a saborosa francesinha de paladar único e exclusivo.
Um bom portuense para receber essa "distinção" - a de portuense - tem que subir à beleza arquitetónica da Torre dos Clérigos, pois não é portuense quem quer, só o é quem pode!
A ponte que te liga à outra margem - desse rio que de ouro tem pouco - já te viu menina, moça e mulher.
Acompanhou-te como sendo Património Mundial, Capital Europeia da Cultura em 2001 e acompanha-te todos os dias na travessia rodo/ferroviária, apreciando a tua beleza inigualável na conjugação de cores daquela que é a "cascata" mais bonita do país.
Este Porto também é notícia trazida por Judite de Sousa, é luta pela regionalização defendida por Pinto da Costa, é um Porto de nação aos olhos saudosos de José Maria Pedroto.
Este Porto sou eu, és tu, é quem o vive!
Este Porto deu nome à nação, deu a identidade que lhe faltava...
Esta cidade tem no seu brasão a seguinte distinção: "Antiga Mui Nobre e Sempre Leal Invicta Cidade do Porto".

Filipe Tiago Araújo, 29.10.11 pelas 8:58h

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Meu amigo, meu ouvinte...

Olha Zézito, é mais forte do que eu e lá volto a escrever...
Já sabes que vou escrever mais do mesmo e hoje, sendo domingo, e com a chuva a cair forte trazida pelo vento, ainda me dá mais vontade!
O segredo da minha escrita está na gota que cai do céu, assim como uma lágrima que desliza pelo meu rosto porque pensa sempre na pessoa a toda a hora... Sufoca-me e aleija-me, Zé! A dor é imensa e não tenho armas para a derrubar. O peito está frágil e mal aguenta já os suspiros dados pelo coração.
Estou triste Zé. Gostava de poder mudar o mundo e ter voltado atrás com algumas atitudes minhas... Mas os Homens são grandes por terem personalidade e carácter nas decisões tomadas, não é assim meu amigo?
Mas que adianta isso, se o mais importante para mim já o perdi?! Não sei onde fica o bom senso, Zézito! Já não sei mais o que é o certo e o errado... Para que lado pesa mais a balança.
Uma coisa eu sei, Zé... Que graças à força que me dás com lições da tua vida e aos conselhos que recebo do Rui, fico mais forte para bombear o coração com sentimentos positivos.
Mas e depois? ... Depois vem a chuva e o frio numa sintonia perfeita com o vento e me leva a pensar como estaria eu com essa pessoa agora... Aconchegados, quentes a ver um filme até nos deixarmos dormir.
A imaginação é fértil e o sonho de olhos abertos é gratuito!
Como suspiro agora, Zé! E sabes bem que o meu suspiro é de dor e também de alívio... Dor porque penso naquela pessoa e alívio porque é mais fácil não lhe falar. Mas a dor está cá! Veio para ficar...
Hoje apeteceu-me escrever, Zézito!
As palavras decidiram tomar conta do assunto e substituem a minha fala. Estou mudo para o mundo dos sentimentos mas apto de tacto para escrever o que a minha alma pede para que saia de mim, Zé.
Hoje foste o visado do meu texto, foste a minha mais do que perfeita companhia... foste o meu desabafo, meu ouvinte das palavras não ditas mas escritas.
Zé, é como se estivesses aqui e eu a falar contigo, pois tu entendes-me de uma maneira especial dos outros. Não que os outros não me entendam, mas... tu sabes!
Obrigado pelos ouvidos que disponibilizaste ao meu texto.
Obrigado pelos olhos que ouvem as minhas palavras mais profundas.
E assim termino, Zézito... Tinha necessidade de escrever!

Filipe Tiago Araújo, 23.10.2011 às 01:52h

domingo, 16 de outubro de 2011

Como te vejo...

Sei que o vais ler... Porque vi nos teus olhos que não te sou indiferente e que ainda te interessa um pouco, um quase nada daquilo que faço, neste caso, que escrevo.
Escrevo em vão até porque o único assunto que tenho para escrever és tu! Sempre tu!
Já viste como nos conhecemos, a casualidade que foi, o quão engraçado foi? ... E agora acabamos assim! Assim, porque nunca soube lidar com a tua liberdade e nunca soube respeitar o teu espaço. O teu esforço, mesmo ausente de sentimentos, para pervalecer um laço, um elo, foi notório e eu não estava nem aí para isso. Egoísta e com raiva acumulada.... talvez até nem seja raiva... algo de revolta, magoei-te. Feri o teu espaço, feri o teu respeito!
O teu vulcão interior entrou em erupção e as palavras mesmo que não ditas mas saídas em forma de escrita vieram que nem um tiro direitinhas ao ponto mais sensível do meu corpo, ao meu coração.
Respeitei a decisão, entendi e por isso não respondi... era o mínimo que poderia fazer!
Daquilo que poderia ter de ti, fiquei sem nada. Fiquei sem o teu sorriso, sem o teu abraço, mas essencialmente sem o calor de um dos teus olhares.
Passamos um pelo outro e aquilo que outrora foi quente agora torna-se gelado e tenso. E custou e custa!
Conheceste os meus amigos dos quais eu fui o intermediário. Todos que te falam cumprimentam-te... e eu, que fui o responsável para que tal acontecesse, fico a ver. É estranho e não estou habituado ao longo da minha vida que tal aconteça. A situação é nova e se tu soubesses a minha vontade!!! Sim, eu sei que tu sabes... mas agora é tarde e eu vivo a aprender com as consequências dos meus actos.
Fui com o intuito de ver-te mas ao mesmo tempo com o receio de cruzar-me contigo. Aconteceu! Embora tenha sido duro, passei no teste. E se um dia te disse por mensagem que te amava, pois nunca achei que merecesses que to dissesse na cara, hoje vinco esse "Amo-te!".
Digo porque ontem vi os teus olhos com o mesmo brilho da primeira vez, esse olhar que me fez derreter por ti. Mas no final da noite senti o frio da tua ausência e da tua posição tomada anteriormente em relação a nós! Senti a ausência da mensagem a dizer fosse o que fosse, quando na verdade esperava por uma, por muito remota que fosse a minha esperança... Mas tal como fizeste no facebook e como tens feito com a tua mente, também o meu número foi apagado da vasta lista do teu telemóvel. A mensagem não chegou, a ausência feriu-me e a saudade mata-me!
O que vale para meu consolo são os sítios que tu frequentas... Posso ver-te, apenas isso.
Embora ao ver-te já seja um regalo para os meus olhos e para a minha alma. Quanto mais não seja para me culpabilizar por ter sido bárbaro com um ser ausente de sentimentos mas que também é frágil.
Ontem lembrava ao meu irmão o teu toque... o toque da tua mão suave na minha cabeça. O toque da tua cara na minha cara. O olhar intenso a dizer-me mil palavras num silêncio cúmplice. O beijo... hum! Como recordo esse beijo...
Viver recordando-te é bom, mas também dói!
Para rematar, não quero que penses que este pedaço de palavras sejam desculpas para apaziguar o mal que te causei, ou se calhar, que me causei... Nada disso. Estas simples palavras são só para mostrar como me lembro de ti no ínicio e como te quero lembrar até ao fim.
Desculpas não se pedem, evitam-se! Eu não evitei, por isso não te as vou pedir...
Com amor, mas sobretudo como me conheces, com sinceridade... me despeço.

Filipe Tiago Araújo, 15.10.2011 pelas 03:24h

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sentimento Invisual

Está escuro...
Mas a luz fere-me os olhos!
Está muito escuro...
Mas vejo tudo tão claro.
Está escuro porque fechei os olhos,
A luz do pensamento trouxe-me uma ideia mais.
Agora sim, vejo tudo de uma maneira mais ampla.

Estava cego...
Mas os olhos continuavam bem abertos!
Estava mesmo cego...
Mas foste tu, por ironia, quem iluminou o meu caminho.
Estava cego por gostar de ti,
Com os olhos abertos caí no erro de sonhar acordado.
Uma cegueira tão grande que me "chamou" à razão.

Hoje vejo bem...
Embora não quisesse ver!
Hoje vejo muito bem...
O tempo que perdi contigo.
Hoje vejo bem como a tolice de um sentimento me pode fazer cair!
Ergo-me da "lama" em que me deixaste.
Na "lama" na qual me "sujei".

No escuro,
De amores perdidos...
Na cegueira,
Dum "adoro-te" sem feedback...
Hoje vejo como dei um passo em frente e tu és o passado,
Que fica atrás das costas.
Não te vejo, embora ainda te sinta mas que agora desprézo!

Filipe Tiago Araújo, 08.09.2011 01:11h

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Último olhar...

Lembro-me de quando entrei pela última vez e te vi
Senti pânico e de novo para a entrada, agora saída, corri.

Recordo-me das palavras que não disseste mas que saíram escritas
Essas mesmas palavras que me roeram por dentro de que só voltas em Setembro!
Tentei passar a noite inteira "longe" de ti, ignorando-te...
Mas o coração lançava-me o olhar na direcção dos teus olhos.
O ciúme invadia-me o corpo e inteligente foi a maneira de lidar com tal sentimento
Senti-me superior, senti-me grande, senti que era inatingível!
Vi o teu abraço a alguém que não era eu e voltei à realidade
Essa realidade que me diz que sou humano, que sinto, que dói.
O teu rosto não sorria... Já não era o mesmo das outras vezes, não tinha brilho nem encanto
Acenaste-me com a cabeça como de um "olá" gestual se tratasse.
Controlei a distância embora o meu corpo quisesse e tivesse "fome" do teu...
Bebi e fiquei "alegre"...
Tirei-te do pensamento temporariamente e sorri, dancei e fui feliz.
De regresso a casa pensei onde teria errado, mas não encontrei respostas à insistente pergunta!
A memória fazia um rewind da tua frase - "tentei mas não dá, desisto!" - sigo pensando...
Eu sim, tentei! Mas não deu...
Sou especial? Sim, é verdade. Mas isso chega?
Resposta à pergunta... NÃO!

O que faltou?
Alguém que não amou!

Filipe Tiago Araújo, 1:50h de 19.7.2011

domingo, 3 de julho de 2011

A magia de uma rena!


Julguei não escrever tão cedo!
Janeiro já vai longe, eu sei... O assunto é o mesmo de sempre. Fico cansado de gostar de alguém!
Voltei a sentir aquele gostinho de gostar de alguém. O erro também é o mesmo de sempre, entrego-me, sou correspondido, mas a dúvida da incerteza paira no ar. Naquilo que estava a desenvolver...
Quando mais me esforço para não voltar a cair em erros do passado, o erro cai sobre mim e deixa-me novamente solto, livre, ainda que eu não queira essa liberdade que me é forçada.
Poderíamos estar muito bem perto do Natal e eu a escrever um conto ou um poema sobre a rena mais famosa do mundo, para quem não sabe, o Rodolfo... mas não! Estamos no verão e poderia ser muito bem mais uma paixoneta de verão... mas não!... não é.
Está confusa a leitura? Acredito que sim, embora a mensagem que está a ser passada seja de fácil compreensão para aqueles que sabem onde quero chegar.
Podia muito bem escrever aqui que o meu Natal chegou em Maio e que o maior presente que me trouxe foi algo que eu pensei que só existia em contos, uma rena!
Posso agora juntar o amor pela quadra natalícia com as paixonetas que surgem no verão e escrever uma história bonita. Ups! Bonita não pode ser, não tem final feliz.
Durante algum tempo voei de rena pelo caminho da felicidade, mas a viagem foi curta! Voei de tal maneira, que cheguei a tocar o céu... as estrelas! E o mal foi esse mesmo... ter voado muito alto. Caí a pique.
Provavelmente, coloquei o trenó à frente da rena. Ou seja, fui rápido demais.
A descida foi vertiginosa. E lá me desmoronei, quando sempre pensei que já não era possível bater mais no fundo!
A magia do Natal, foi-se. Esse Natal primaveril que me trouxe à memória recordações do passado e esperança para o futuro.
Esse natal de primavera que mesmo fora de tempo me gelou de novo o coração e me faz acreditar que tal como o pai natal, o amor é apenas uma invenção da mente humana. Fez-me acreditar que existia um Rodolfo quando na verdade o que existe é um ser-humano... mais um! Como todos os outros... especial para mim, mas igual aos outros.

Filipe Tiago Araújo, 19:48 de 3.07.11

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Grande Entrevista...

A felicidade resume-se, muitas vezes, a escassos momentos sendo eles ,horas, minutos, dias, meses, anos ou até uma vida.
Hoje liguei a televisão... os programas da tarde falam todos de histórias tristes, bem sucedidas ou homenagens. Tive azar! Hoje, precisamente quando eu liguei a televisão para me inteirar do que passa no país e no mundo, fiz zapping e parei num canal que falava sobre alguém que já não sabia o que era sorrir à muito tempo... que já não recordava os tempos de quando era feliz.
Hoje liguei a televisão e vi a felicidade nas lágrimas de alguém, durante 40 minutos, aproximadamente. O viver, o reviver de memórias recentes e transatas fizeram desse alguém uma pessoa feliz e diferente nesses 40 minutos.
40 minutos... Pfff! E só de saber que existe felicidade eterna para alguns, prolongada para outros e de tempo limitado para muitos, faz-me pensar em qual delas eu me incluo.
Faz-me viajar pelo passado e ver como tudo, contigo, era ilimitado e ao mesmo tempo real! O relógio não tinha ponteiros, as horas não se contavam, o passar do tempo era notado porque fazia dia e noite... mas apesar de não ter como contar o tempo, esse mesmo (o tempo) era pouco para estar contigo. Tinhamos tanto amor para dar um ao outro... (e agora suspiro).
A esse alguém, que vi hoje a chorar de felicidade, em êxtase, com nostalgia e dor de perda, num misto de sentimentos puros e profundos, invejo-o. Porquê?... porque se lembraram de fazer esse alguém feliz, para todo o país ver e até no estrangeiro!
E tantas vezes tentei gritar ao mundo que te amava e o feedback foi a banalidade dum mundo surdo e que fecha os olhos a uma "coisa" comum de nome Amor. Mas nunca foi um amor qualquer, desses muitos amores que andam por aí... nunca foi de comodismo, de oportunismo nem de solidão! Foi um amor genuíno, de duas pessoas que paravam o relógio mas não os dias para estarem juntos... Foi um amor de verdade. Um amor de verdades, de traições, de amizade, de lágrimas, de relações intensas, de um corpo-a-corpo!
Era um amor de eternidade, passou a um amor de carinho e por fim apagou-se a chama e hoje é um amor inexistente.
Hoje liguei a televisão e vi-me num programa que nunca foi meu, a viver emoções que também já foram minhas e a chorar de nostálgia e de saudade daquilo que fui, daquilo que fomos e que hoje não existe!
Hoje liguei a televisão e vi-te! Sim, é verdade por mais louco que pareça. A televisão da minha memória está sintonizada apenas num canal, aquele em que tu entras na minha cabeça todos os dias no mesmo horário... 24 horas sobre 24 horas!
Hoje liguei a televisão da minha memória para interromper as recordações de ti e para fazer o meu próprio programa no qual a minha audiência é apenas o silêncio do meu quarto.

Hoje, desliguei a televisão... Prometi a mim mesmo nunca mais a ligar!


Filipe Tiago Araújo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aquário de emoções

Descrever o que sinto neste momento não é fácil.
Posso dizer que um ano e alguns meses depois reencontrei aquilo que jamais pensaria encontrar de novo... a felicidade plena!
Hoje, tenho novo motivo para sorrir, novo motivo para os olhos brilharem, novo motivo para ver que o céu pode ser sempre azul e não tapado de nuvens cinzentas.
Hoje, tenho um novo motivo para (re)viver sentimentos passados que tantas alegrias me deram e depois se desvaneceram com o detriorar do tempo e da relação já dela inexistente!
Apesar do zodiaco dizer que sou Gémeos, estou de novo como Peixes na água... apenas difere a idade, a arrogância e pouco mais. De resto está lá tudo, de novo! ... a doçura, a entrega, a paixão, a chama intensa, a maturidade mais "à frente", a personalidade idêntica.
O mal de tudo isto é parecer que estou a viver a mesma história de novo, na insegurança que um dia termine da mesma maneira e o tempo vá apagando aquilo que de bonito se fez, se disse um ao outro, se partilhou, se viveu! E que apenas fiquem as memórias que nunca serão vagas e vão sendo como um cancro que nos vai matando aos poucos...
O tempo e a vida são quem ditam o destino das coisas, por vezes nós conseguimos "fintar" o destino, mas nunca conseguimos fugir dele. Resta-me deixar, que nesta vida, o meu destino seja ser feliz ao lado de alguém que gosta e me quer ver assim (feliz) por muitos e longos anos!
Estou e estarei sempre disposto a ver um sorriso como agradecimento e satisfação àquilo que eu lhe possa dar de mim... Um sorriso, um olhar intenso e brilhante já fazem de mim um ser-humano mais rico ainda para mais por saber que existe alguém para quem eu sou muito mais do que "da cintura para baixo".
Gosto de ti, simplesmente porque gosto!

Filipe Tiago Araújo