sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

 Por mais que caminhe, por maior que seja o percurso sinto que jamais conseguirei ser para ti aquilo com que sempre sonhaste... Percorro um caminho em vão.
 Vou em passos muito lentos tentando entrar no forte do teu coração mas a tua armadura impenetrável não me deixa invadir tão sagrado lugar.
 O passado feriu-te quando te encontravas mais desprotegido, sem defesas, e hoje sou eu quem paga o preço elevado de tanta batalha e tanta guerra com que te debateste em tempos idos.
 Estou demasiado preso agora, para desistir. Encontro-me, estático, à porta do "motor" que te faz viver mas a chave que tenho parece a errada! Tento a fechadura da confiança e esta parece nem sequer dar mostras de funcionar, a chave parece bem maior do que a fechadura e não vislumbro qualquer hipótese para conseguir entrar... não existe uma janela sequer.
 Percorro um caminho mais longo... Vou à volta e tento invadir-te pela porta da sinceridade mas, sem a chave da confiança, as minhas tentativas não surtem qualquer efeito. Estou destroçado!
 Andei tanto, fiz mais de trezentos quilómetros para sentir o teu "motor" trabalhar e mesmo assim não foi o suficiente.
 Antes mesmo de sermos aliados numa guerra percorrida a dois contra o resto do mundo, fomos e continuamos a ser inimigos... travando batalhas de desconfianças que nos vão separando aos poucos sem que nos apercebamos disso.
 Começo por pedir-te tréguas e é-me concedido tal desejo mas tudo se desvanece porque as redes sociais são o pior campo de batalha que pode existir!
 Escrevo porque hoje é o fim do mundo, dizem...
 Escrevo porque o meu coração pediu para o fazer. Está triste, sente-se meio perdido mas não quer abandonar as batalhas para assim vencer a guerra.
 Preciso dum aliado e nada melhor do que seres tu... mas enquanto não me abrires as portas do teu coração nada poderei fazer para ir em busca da chave da confiança e desbloquear o caminho que por fim dará a vitória final numa guerra sem sentido que, a todo o momento, nos poderá "matar" a ambos. 

Filipe Tiago Araújo

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A verdade sobre a mentira...

Depois duma larga "crise" de palavras, volto para escrever uma "troika" de sentimentos...


Ousa dizer a verdade: nunca vale a pena mentir. / Um erro que precise de uma mentira, acaba por precisar de duas."
George Herbert
...Não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna."
Charles Chaplin
Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados quando dizem a verdade."
Aristóteles

Com o engodo de uma mentira, pesca-se uma carpa de verdade."
William Shakespeare


terça-feira, 17 de julho de 2012

I can't make you love me

Hoje seria obrigatório escrever... Passaram 3 anos já!
Três anos que regressei e tu não estavas lá para me esperar.
Três longos anos, onde a estabilidade nunca mais me "bateu à porta"...
Parece absurdo, mas nem depois deste tempo todo e das vidas que levamos, te consigo esquecer... Agora sim posso dizer que, pelo menos uma vez na vida amei alguém que não a mim próprio.
Não sei porque te continuo a dar importância pois com o passar do tempo foste crescendo e regredindo se é que me faço entender.
Lembro-te inocente, apaixonado, frágil, responsável e dócil.
Hoje vejo-te vulgar (mesmo continuando tu a seres especial para mim), desleixado, amargo, frio e calculista. As palavras que me saem agora dos dedos criam-me medo e arrepio-me com o que vou escrevendo, porque nem parece que estou a falar de ti.
Já não és o mesmo de outrora... Eu cresci contigo e agora sinto-me culpado porque te pareces comigo! (como eu fui!)
Contudo não vim aqui para te julgar, nunca foi essa a minha função e nem será... pois já errei e continuo a errar e prova disso é este texto que escrevo na continuação de uma história que já terminou à 3 anos.
Acho que é a data que mais me marca, não esquecendo a do meu aniversário e a do teu... Ainda hoje estás entranhado em mim e por mais que queira não consigo tirar-te de dentro de mim. Pensei em rasgar as nossas fotos, as tuas cartas e bloquear todas as formas de contacto contigo mas seria perder uma parte da minha história de vida... duma história que mesmo não terminando com final feliz, foi uma grande lição de vida para mim e foram os meses mais felizes da minha vida!
Amei (com medo), mas fui muito amado por ti e isso já mais esquecerei... Talvez seja esse o motivo porque escrevo hoje, passados esses três longos anos. Uma travessia no deserto que certamente continuará pois neste vazio de anos não houve ninguém que fosse como tu.
Não falo de apaixonado até porque já não o estou, mas talvez seja pelo remorso de te ter dado o meu coração quando na verdade merecias o mundo. Mas digo-te que o meu coração foi do tamanho do mundo no que ao nosso amor diz respeito.
Espero fazer-te lembrar desta data, em que me deixaste quando eu estava mais do que nunca caído de amor por ti, para todo o sempre e enquanto tiver força nos dedos para escrever...
Há 3 anos e 7 meses atrás fui o homem mais feliz deste mundo, hoje tenho que viver com essa recordação e tentar seguir o meu caminho.

Obrigado por me teres feito crescer.

Filipe Tiago Araújo, 15.07.2012 pelas 4:20h

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sem Limites!

Podia ter escolhido, mas não!
Podia ter ignorado, mas não!
Podia ter sido o que não sou... mas não!

Jamais podia ser opção de escolha, pois o "perfeito" seria a normalidade.
Jamais poderia ter ignorado, pois seria posta em causa a minha essência.
Jamais poderia ter sido algo diferente daquilo que sou, pois não seria EU!

Conheço muitos e muitas que se "desviam" do certo(?!)...
Conheço muitos e muitas que fazem o que é certo!
Conheço alguns que optaram pela paz e o refúgio foi o suicídio.

Conheço-me bem demais para encontrar o caminho.
Conheço-me bem demais para saber que estou a fazer o "certo".
Conheço-me bem demais para valorizar a vida e ultrapassar obstáculos.

Valorizo quem se desvaloriza e cai sem se conseguir levantar.
Valorizo quem cai e se levanta sozinho para começar desde onde caiu.
Valorizo quem valoriza os outros pelo que são e não pelo que a sociedade pensa deles!

Amo uma Mãe que abraça a sua cria pelo que vê dela e não pelo que se diz dela!
Amo um Pai que chora de orgulho ao conhecer os valores da sua cria e não apontando o dedo pelo que é!
Amo os Avós, Tios, Irmãos e Primos que sabem o que és e te tratam pelo que significas para eles!

Não gosto que desistas de ser quem és.
Não gosto de te ver e sentir o teu olhar num vazio profundo.
Não gosto que te sintas um "trapo" e que te rasguem.

Gosto quando sabes o que é amar...
Gosto quando sabes que não há limites...
Gosto quando abres os horizontes e te sentes livre...
Gosto quando sentes que ser "diferente" é um dom...
Gosto quando começas a gostar de ti...
Gosto quando percebes que podes gostar daquilo que quiseres...

Gosto quando vês que - para além de seres Homem ou Mulher - vives, amas, sentes e és capaz do impossível.
Para ti que te defines como um ser-humano, o impossível é NADA!


Filipe Tiago Araújo, 4:01h do dia 17.04.2012

























quarta-feira, 7 de março de 2012

A Voz...

Esta é a voz...
A voz que quer gritar a tua ausência.
A voz calada pela dor da perda,
a voz que fala na imensidão solitária da madrugada.
A mesma voz que um dia te disse: "Amo-te!".
A voz dum personagem que não aceita a tua perda...

Recordo quando a tua voz me deu um simples "gosto de ti".
O eco dessa voz doce da qual hoje sinto falta...
Pena não teres sabido lidar com a voz do meu coração e do meu pensamento.

Depois daqueles dias tudo mudou!
A minha voz passou a ter eco porque não te encontrou mais.
A tua voz, entretanto, ecoa-me na cabeça...
e a saudade que sinto é tão grande que sou incapaz de aguentá-la sozinho.
Sinto-me amargo... tenho uma voz cá dentro de mim a moer-me o juízo...

É nostálgico olhar o passado e ver que hoje a tua voz não faz parte do meu quotidiano.
Triste é pensar em ti e ao mesmo tempo fechar os olhos e sentir o tocar das tuas mãos...
Os meus olhos veêm-te todos os dias apesar de não te ter à minha frente.
A tua voz diz-me o caminho pelo qual seguimos... e a dor é tão insuportável!
Hoje deu-me para ouvir a voz dos Paramore... "you are the only exception...".

A voz que grita o vazio dentro de mim é muito poderosa.
Tenho a certeza que ainda tínhamos tanto para dizer um ao outro...
Mas hoje, bem... hoje deu-me a real nostálgia de escutar a tua voz e o que ouço é o silêncio.

A voz é soberana e decidiu que as nossas se calassem para sempre. :'(


Filipe Tiago Araújo, 7.03.2012 pelas 05:30h