Num destes dias vi uma notícia
que, tal como a pedofilia, me intriga bastante - “Já morreram às mãos de parceiros ou familiares próximos, 40
mulheres portuguesas, provocando a existência de 122 crianças órfãs" - a violência doméstica em Portugal, noticiava
o Jornal de Notícias (JN).
Não sei se será afirmação da
masculinidade ou demonstração de força e de poder do homem perante um ser mais
frágil… não sei o que será!
A única coisa que sei é que é um
ato de cobardia.
O homem tem que entender – ou
fazer um esforço para tal – que só se consegue afirmar medindo forças com
gentes do mesmo calibre, ou seja, com ninguém. Pois o homem não é ninguém para
praticar “justiça” com as próprias mãos.
A mulher é um ser delicado,
sensual e frágil. Todo o homem que ousa levantar a mão a uma senhora deveria
ser para acariciá-la, reconfortá-la com um abraço ao final de um dia cansativo
de trabalho.
Levantar-lhe a mão com uma rosa
vermelha em punho para assinalar o amor de ambos. Perceber que o facto de o
homem ser homem, se deve à gestação de 9 meses na barriga de uma mulher, de
onde sai para o mundo como uma nova vida.
O homem tem que entender o
suspiro, a lágrima e o sorriso de alguém que, durante décadas, lutou pela
emancipação para se tornar livre e poder mostrar o seu valor.
A mulher é como uma pena que voa
ao sabor do vento, fina e requintada com uma leveza enorme que quando pousa,
pousa em “pezinhos de lã” com a delicadeza e postura que uma lady deve ter.
O homem covarde que a maltrata
não merece nada mais que a solidão.
Filipe Tiago Araújo, 27.10.15