Pelas diferentes etapas da vida, ao longo do tempo, vamos percebendo que existem diferentes pontos no caminho percorrido... Pontos de vista, pontos de encontro, pontos de partida, pontos de interesse, pontos fortes, pontos fracos e pontos de interrogação e exclamação, entre outros.
A vida parece simples... É nascer, viver e morrer. Uma simplicidade aparente. Nascer tem a sua dor, o seu sacrifício, todo um caminho novo a percorrer. Morrer é penoso, uma dor diferente, todo um caminho percorrido e o que faltou percorrer. Creio que o pior e mais difícil seja mesmo viver! Existe todo um misto de sensações, experiências... E é aí que nos levo por onde comecei, a todos os pontos.
A vida é um ponto de encontro, por si só. Encontro com o desconhecido, com o novo e com um único ponto de ligação, a morte, o fim de tudo, o ponto final.
Não deixa de ser um ponto de partida, rumo ao lugar onde começam todos os sonhos, todos os enlaces, todos os pesadelos, toda uma vida.
Um ponto frequente, é o de interrogação... Dos porquês? Da dúvida, da desconfiança.
O mundo deveria ser um lugar feliz, para usufruir da curta passagem que temos por ele. Não sei se haverão novas vidas, se houve outras tantas?! Do que conheço, é que existe aquela que nos lembramos. Contudo, passamos tormentas, bonanças e esperança. Passamos intermitências, exclamações e reticências.
Uma relação é feita disso? Não sei... Acho que deixei de saber... Perdi o ponto de partida, o ponto de vista e já nem do ponto de encontro eu sei. Perdi certezas, perdi o rumo, sem nunca perder o tempo. O tempo é precioso!
Há um ponto de interesse... Há?! Espero que haja. Senão nenhum ponto, até agora, faria sentido.
Existe o cansaço? Existe a dúvida? Existe a rutura? Existe o futuro? Ou existe um ponto final no meu de tanto ponto de interrogação?!
O futuro, a Deus pertence, dizem as vozes sábias dos que já percorreram mais de metade do caminho.
Neste momento, os únicos pontos que me escapam, são os pontos cardeais. Terei perdido o norte?! Ou terei chegado ao destino?
Filipe Tiago Araújo, 30.09.2020
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