Os dedos deslizam no teclado do computador assim como são as batidas do coração, no interior do peito como os segundos de uma bomba-relógio.
A ansiedade transporta-me a outra dimensão... é como um vulcão inativo à anos que, de um momento para o outro, - sem aviso - entra em erupção.
Medem-se forças! O medo contra a ansiedade. Na verdade, acaba sempre por não haver um vencedor ou um vencido. O medo apodera-se de mim e catapulta a ansiedade para me fazer sentir inseguro, impreparado, perdido e só. Aquilo que poderia ser uma batalha de emoções, acaba numa aliança para me deixar o coração a 1000 e os pensamentos à velocidade de um relâmpago!
A incerteza, a dúvida e os tantos outros pontos de interrogação que giram à volta da minha cabeça acionam o mecanismo natural de autodefesa. A frieza, a indiferença, a distância e a barreira erguem-se, de novo, como um manto de lava que explode de um vulcão há muito adormecido.
Encontro na escrita a paz que necessito... e como é tão bom regressar a algo que me apraz muito fazer, escrever.
Filipe Tiago Araújo, 08-10-2021
Sem comentários:
Enviar um comentário