quinta-feira, 11 de abril de 2013

Quase 3 meses depois...


Passaram quase três meses desde que me zanguei contigo por teres partido sem me deixares despedir de ti.
A ausência é tão grande que, mesmo chateado, vim-te ver passado este tempo. As saudades já apertavam e eu só estava a adiar o inevitável.
Já não me lembrava de "sujar" as mãos com a terra que costumo pisar, mas hoje para estar mais perto de ti, decidi colocar as mãos no solo e sentir, de novo, a tua pulsação. Embora estejas na escuridão profunda dessa terra, à noite brilhas com grande intensidade lá no alto dos céus... És o rei do universo, ou então apenas e só o rei do meu universo.
Quase não consigo ler o que escrevo, os olhos cegam-me das lágrimas que deito porque a emoção é forte e o meu ritmo cardíaco quase faz rebentar o meu coração do peito para fora.
Já matei as minhas saudades, mas ao escrever este texto só queria que visses como me tremem as mãos de nervoso e triste que estou pela tua avassaladora ausência... é que nem um "até já" te consegui dar e nem imaginas como isso me faz tão culpado e triste.
Preferi vir sozinho, ver-te. Sabia que as lágrimas não se iam conter e então resolvi nada dizer, fosse a quem fosse, para poder chorar sozinho e assim só tu saberás desta "lamechice".
Venho ver-te muitas mais vezes pois embora me tenhas abandonado, já o mesmo não farei contigo.
Carregava um peso enorme nas costas por não te ter vindo ver, mas agora sinto-me aliviado, com paz interior.
A vista que tens daqui não é nada parecida com o Gerês, mas tu também sempre foste muito citadino, por isso também não é problema para ti. O único senão é estares de costas voltadas para o Dragão, mas eu compreendo-te, pois também não vou "à bola" com o Vítor Pereira, mas deixa para lá, mais cedo ou mais tarde ele vai embora.
Bem, quem vai embora agora sou eu... já passa das 17 horas e isto não é vida.
Falamos noutro dia, agora descansa... em paz.

Filipe Tiago Araújo, 11.04.2013

2 comentários:

My heart disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
My heart disse...

Sem palavras.
As lágrimas que me escorrem pelo rosto fazem te perceber aquilo que sinto! Não quase três meses mas já quase 1 ano.
Sentimos um vazio tão eterno como a partido dos nossos avôs. Resta nos a saudade e o prazer de acreditar que eles estão bem em paz.

Muita Força amigo!
Hélio Costa