sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Poema à Mãe



Não diz, não imagina, mas eu sei…
Sei que fica no silêncio das longas horas da noite,
No seu quarto, a chorar… Porque a vida não lhe sorri.
Não diz, talvez nem imagine, mas eu sei…
Sei que sofre sozinha quando a sorte não lhe bate à porta.
Pensa que o mundo se tornou numa conspiração contra ela…


Não diz, não imagina, mas eu sei…
Sei que há muitas coisas que lhe fazem falta,
Uma delas, é o amor.
Os olhos negam as palavras que profere!
Não diz, talvez nem imagine, mas eu sei…
Sei que tem sido dura consigo mesma.
Os anos passam, o tempo é curto, 

Tal como a felicidade que creio já se ter esgotado.


Eu digo, ela imagina, mas não faz ideia…
Não faz ideia do quanto eu a amo e que sofro com ela,
Em silêncio…
Eu digo, ela talvez imagine, mas não faz ideia…
Não faz ideia de que estou aqui para a “guerra”!


Eu digo, ela imagina, mas não acredita…
Não acredita que o meu amor é tão incondicional que,
Jamais a abandonarei!
Eu digo, ela talvez imagine, mas não acredita…
Não acredita que a sorte nos bafejará e que a felicidade voltará!
 

Talvez não acredite, mas eu sei…
Sei que os seus olhos voltarão a sorrir e eu sorrirei também.
Eu sei, ela também sabe…
Sabe que juntos somos um só!
Eu sei, ela tem a certeza…
Certeza que vim do seu ventre e que lhe chamo de…
MÃE!
                                                                                 
Filipe Tiago Araújo, 05.12.2014

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