quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tu, lo mismo de ayer...


Manhã de Setembro,

Começa mais um dia.

Todos os dias, de ti, me lembro...

Com saudade, tristeza e agonia!



Fiquei sem ti,

Porque um dia te quis deixar.

Agora estou aqui,

Pronto para de novo te poder abraçar.



Choro à medida que o tempo voa,

O meu coração vai morrendo aos poucos.

Neste mundo fico à toa!

Vou sofrendo, como sofrem os loucos.



Estou a perder-te aos pedaços...

Sinto-te distante... bem ao fundo!

Volta, acolho-te nos meus braços,

Por favor, volta que recebo-te no meu mundo!!!



Lisboa, ele, tudo muita "febre" me faz!

Desilusão, derrota e conformismo...

Porque o tempo não mais volta atrás,

Nuestro amor ya no es lo mismo!



Pressão, algo que não te quero fazer,

Mas quero que saibas que a ti me entreguei!

Agora só me resta dizer...

I will love you until my dying day!




15.9.05

A new day has come...


Apetece-me escrever hoje! Preciso de gritar, de explodir... E és tu quem vai ouvir os meus gritos, a minha explosão, mas no silêncio. Faço barulho, grito, berro, esperneio mas tudo num som abafado, silencioso para o exterior, mas como um vulcão, um tremor de terra, um tsunami, no meu interior... Na minha cabeça, no meu coração!

Os dias, todas as horas, minutos, são uma tristeza profunda... Não me consigo soltar destas "algemas" que se chamam PAIS! Não consigo o confronto, o contra, o fazer-me ouvir. Torno-me fraco, impotente, triste, morto por dentro. Sentimento de culpa? Medo? Respeito? - não sei. Talvez um misto de tudo... As minhas palavras de fúria, de protesto, de argumentação ficam cá dentro, na minha cabeça. Tiram-me o sono, a alegria, o sorriso, a boa disposição... As minhas palavras, tiram-me sobretudo a fala!

Fico vulnerável, mudo, fico ausente! Entro no meu mundo de sonhos, de pensamentos... no meu paraíso. Tudo à minha volta deixa de fazer sentido. A música, a leitura, a escrita, são o meu refúgio. A minha alma é quem ouve os meus gritos de revolta, das palavras crescidas do menino que já não sou, mas que alguns continuam a não alimentar no seu interior que o Homem já não é um menino! Estou acorrentado a uma vida que não queria para mim. A minha voz entoa cá dentro gritando a fazer tremer todo o meu EU: "Já não sou um menino, todo o meu corpo cresceu, o meu intelecto... Todo eu sou homem, hoje. Deixem-me ser livre nesta vida prisioneira! Deixem-me crescer sozinho, deixem-me viver... Deixem-me sorrir...". Ocupa-se de mim o vazio, o imenso, a escuridão. As portas estão fechadas, nem ao longe consigo ver uma luz que brilhe, que me dê um sinal de esperança, que me dê o horizonte!

Ainda continuo acordado num sono intercalado, porque existe ainda quem goste de um sorriso meu, do brilho dos meus olhos aquando da felicidade. É a esses mesmos que prometo lutar por um sorriso, pelo um brilho do meu olhar. Embora o meu coração esteja de momento de gelo, de pedra, frio e impiedoso...

Fica aqui a promessa de melhores dias em busca de uma liberdade inexistente ao olhar de alguns mas essa liberdade existe no meu pensamento e vai dar brilho aos meus olhos, de novo. Vai fazer com que da minha boca saia um sorriso mesmo àqueles que me tiram as asas e não me deixam voar!

Sou forte, sou grande, sou um campeão, sou único... Sou eu!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Adeus!


Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro! Era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! E eu acreditava! Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, no tempo em que o teu corpo era um aquário, no tempo em que os teus olhos eram peixes verdes. Hoje são apenas os teus olhos. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor... já não se passa absolutamente nada. E, no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração. Não temos nada que dar. Dentro de ti Não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus.

Eugénio de Andrade

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Soneto do amor


Amo-te tanto meu amor... nao cante O humano coraçao com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade. Amo-te enfim, de um calmo amor prestante E te amo alem, presente na saudade. Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente De um amor sem misterio e sem virtude Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim, muito e amiude E que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude.

Amor Siberiano


O frio aparece,
A noite é gélida como a neve.
Mas minh’alma não esquece
Esse coração que aqui esteve.

Quente era a tua presença...
Corado ficava só com teu calor
Mas foste tu quem ditou a sentença
De terminar com aquele (nosso) amor.

Agora estou gelado e sozinho...
Já não estás mais aqui pra me aquecer.
À noite choro no meu cantinho
Com a saudade de te não ver!

Que será de mim sem ti a meu lado?
Fico triste só de pensar que estás distante.
Fico na solidão, perdido, desamparado...
O que me preenche és tu a cada instante.

O meu corpo treme com a brisa que corre.
Meu coração por momentos abranda,
Fica congelado, parece que morre
Logo penso em ti - fica quente - és tu quem o comanda.

Volta, dá-me a alegria de regressar à vida!
Faz-me feliz, ama-me, faz-me sorrir
Jamais me curei da tua partida...
Anda, fica nos meus braços e não voltes a partir.

Estou à tua espera...
Vem assim que te sentires à vontade.
Vem, nem que seja pela Primavera...
Volta, porque meu coração já chora de saudade!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Palavras soltas...


Podia muito bem escrever um poema a alguém, ou sobre algo que admiro... Mas vou deixar fluir as palavras que andam soltas pelo meu coração. Numa linguagem corrente, num texto que é pra todos mas que não é pra ninguém, com palavras que são minhas, mas que não sou eu quem as quer soletrar... Confuso! Sobretudo, confuso. Mas é assim a voz do coração, aquela voz que grita mais alto do que qualquer outra! Que explode quando entalada pelo amor e pela insegurança, quando a euforia e a tristeza se juntam... Uma voz forte, um trovão, a verdadeira essência do meu EU! Palavras soltas... Soltas como o meu coração que continua (novamente) à deriva. Sem rumo, sem norte, desesperado, perdido, solitário. O mundo perde a magia. O que mais quero é o céu azul... o imenso céu azul! Lá posso sonhar, lá consigo voar... tenho as asas da felicidade. I see tree's of green, red roses to... what a underful world! Sem nexo, conturbadas, desapropriadas, revoltosas... Ferem, chocam, arrasam, fracassam, desmotivam... Nem a alma pura e lavada de preconceitos as conseguem afastar. A dor é imensa... Como um mar agitado que enfrenta as rochas dum paredão mesmo sabendo que, ali, se vai desfazer e tudo se acaba ou então se inicía um novo ciclo pra apregoar bem o provérbio que, "Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!". Não sei que dizer, que escrever, que pensar... afinal aqui quem se exprime é o coração... doente, frágil e sem uma palavra a dizer!